Existem vários motivos para que isso não aconteça. Um dos principais é por causa de nicho de mercado. Muitas fabricantes utilizam a mesma motorização para vários plataformas, mas que precisam ser calibrados de maneira diferente.
Um exemplo claro disso é a BMW com motorização 2.0 Turbo que equipa mais de 15 carros da fabricante. Este exemplar é um propulsor naturalmente robusto e superdimensionado, mas que foi propositalmente calibrado de forma moderada para desenvolver números de potência e torque diferentes, o que possibilita que ele seja usado em vários carros com pacotes de opcionais e preços diferentes para consumidores distintos.
Outro motivo importante é o fato das fabricantes terem que projetar um motor que consiga operar de forma eficiente, consistente e com boa dirigibilidade em qualquer ambiente que ele esteja inserido, seja no extremo calor, frio, com diferentes variações de umidade, diferentes altitudes e com o combustível próprio do local. Todos estes fatores têm um enorme peso na calibração final que é definida para o sistema operar.
Em suma, os motores são projetados limites mecânicos muito maiores para os regimes que vão ser submetidos. Isso, atrelado a uma calibração conservadora efetuada pela fábrica (pelos motivos citados acima), proporciona uma vasta margem para extração de potência e torque mediante reprogramação.
Apesar dos aumentos consideráveis assegurados pelo remap, os limites mecânicos do conjunto são levados em conta e não submetemos o trem de força a qualquer tipo de estresse que não esteja projetado para suportar.