Todas as informações adquiridas pela ECU estão sujeitas à comparativos com as tabelas de cálculos (mapas) preestabelecidos.
Os resultados destas comparações são contabilizados para definir a ação de atuadores.
A título de exemplificação, de acordo como tipo de informação provida pelo sensor de temperatura de líquido de arrefecimento, a ECU, baseando-se em seus mapas, define se deverá ser ministrada uma quantidade maior ou menor de combustível, o seu tempo de injeção e quaisquer outros parâmetros que estejam correlacionados à temperatura de fluido de arrefecimento/temperatura do motor.
Estas informações transitam em uma rede una de comunicação chamada de Rede CAN, por pacotes de dados de protocolo. Estes pacotes transitam pela Rede CAN em velocidades de até 1000kbps, sendo disparados constantemente pelo sistema pelos diferentes módulos do veículo.
O aceite e recusa destes dados são recebidos em ordem de importância. A velocidade em que estas informações transitam garantem que alterações de injeção, enquadramento, pressão de combustível e inúmeros outros sejam efetuadas durante todo o ciclo de admissão/combustão/exaustão.
A Central Eletrônica portanto consegue ver e administrar com tremenda precisão os impulsos gerados por todos os sensores do veículo, e baseando-se em seus mapas e sua lógica de funcionamento, corrigir parâmetros para que o motor funcione conciliando performance, economia, boa dirigibilidade e níveis de emissão de poluentes aceitáveis.
O software da Central Eletrônica é composto de várias tabelas de cálculos que relacionam informações de sensores com atuadores.
Estes valores pre estabelecidos ditam o regime de funcionamento dos componentes do sistema. As tabelas de cálculos e parâmetro são comumentes denominadas de mapas.
Os mapas relacionam-se entre si comparando valores e delimitando fatores limitantes. A foto na direta elucida a relação % de quanto o pedal do acelerador está pressionado (EIXO Y) com RPM (EIXO X), com quantias em mg/stroke de injeção de combustível. Este é apenas um exemplo dentre os inúmeros tipos que estão contidos na ECU do seu carro.
Algumas Centrais Eletrônicas possuem mais de 2500 mapas como este ao lado, e, apesar de não precisar manipular todos, esta ampla visibilidade permite com que o remap tenha muito mais capacidade e precisão na calibração. Nenhum outro tipo de piggyback, chip ou módulo externo conseguem um acesso tão amplo como a reprogramação direta na ECU.
Na reprogramação estes mapas são cuidadosamente alterados para servir ao fim desejado pelo cliente, conservando os limites de segurança imposto pelo fabricante. A reprogramação da sua ECU do seu veículo consiste primordialmente na alteração dos montantes nas variadas tabelas do seu software original contido na Central.
Os distintos mapas contidos nas Centrais Eletrônicas são intrinsecamente conectados e correlacionados, portanto alterações negligentes nas tabelas podem não resultar nos ganhos almejados. Isto ocorre, dentre outras condições, pois fatores limitantes dos mapas recaem sobre outras tabelas de calibração com a função primordial de traçar marcos de segurança ao conjunto. Além disso, alterações inconsequentes podem oferecer altos riscos ao sistema original por imporem regimes de trabalho muito fora dos padrões aceitáveis, o que acaba forçando a ECU a trabalhar com correções em demasia.
